Depois de uma conexão gelada em Paris, chegamos a Istambul. Já estava escuro quando o avião sobrevoou a cidade, perdendo completamente a noção espacial do lugar (algo meio frustante para um geógrafo), mas, ao mesmo tempo, aumentando a curiosidade do que estava por vir.
Aos poucos os olhos e os ouvidos foram se acostumando com as letras e os sons, até que a guia do nosso receptivo rompeu a barreira do intransponível com um simpático "buenas noches". Seria melhor um "boa noite", mas isso seria pedir demais.
Uma coisa comum a maioria dos turcos é a simpatia, além da arte de negociar. Como gostam de brasileiros! Tudo por causa do futebol, uma paixão que também por lá é nacional.
A mesma simpatia pode ser notada na recepção do hotel. Muito atenciosos e curiosos, executavam o check-in e ensinavam alguma palavras e expressões, como: olá (merhaba), obrigado (teşekkürler), de nada (birşey değil), com licença (affedersiniz). Difícil, não? O mais legal foi que eles queriam aprender algumas palavras em português.
Depois de acomodar as malas no apartamento, era necessário reconhecer o local. Sempre fazemos isso nos lugares por onde vamos. Não conseguimos ir muito longe mas já era possível perceber as diferenças.
Saímos na intenção de comer alguma coisa, mas acabamos optando por sanduíche de queijo no bar do hotel. A primeira vista, a comida turca é igual ao idioma deles, ou seja, estranha e indecifrável. Cuidado! Muito picante! Tem coisa que não dá para saber o que é. Na dúvida procure o Mc Donald. Os doces também são aparentemente estranhos. Até que o aspecto não é dos piores, mas são aguados e açucarados ao extremo.
Depois da primeira e rápida aventura de reconhecimento, voltamos ao hotel. No dia seguinte nossa viagem pela Anatólia iria começar e muitas surpresas ainda estavam por vir.